Quem é Jorge Bodanzky?
Nascido no dia 22 de dezembro no ano de 1942 em São Paulo – SP, filho de mãe e pai austríacos que haviam fugido do seu país durante o nazismo para o Brasil. Jorge Bodanzky então, ingressou na faculdade de arquitetura em Brasília (UNB).
Durante o do golpe militar de Getúlio Vargas em 1964, a universidade de Brasília (UNB), como resultado do estado político que se encontrava o país, precisou ser fechada, parando suas atividades no ano seguinte (1965). Após isso, Jorge muda-se para Alemanha e passa a cursar cinema pela escola de design de Ulm. Tornou-se diretor, fotógrafo, documentarista, roteirista e cineasta. Posteriormente, deu início à sua carreira como fotógrafo, atuando em diversos órgãos da imprensa, entre eles a revista Realidade e o Jornal da Tarde. Seu trabalho no documentário “Iracema – Uma transa amazônica”, que, aliás foi sua obra mais famosa, porém censurada no Brasil por mais de 5 anos, foi o que estreou seu trabalho como diretor de cinema.
Jorge passou a dedicar seus trabalhos com temas voltados ao meio ambiente, em documentários e longa-metragens, chamando a atenção da mídia e de organizações como a UNESCO e IBAMA, por exemplo. Da mesma forma, chamou a atenção do governo do Amapá e Parque Nacional do Itatiaia–RJ. Além disso, Jorge também foi professor na USP, FAAP, Unicamp e UnB.
Acima de tudo, Jorge também é pai, sua filha, Laís Bodanzky, assim como ele, resolveu seguir a carreira de cineasta e diretora. Além disso, também é escritora e roteirista e já ganhou vários prêmios durante sua carreira. Laís em suas entrevistas faz questão de deixar clara a admiração que tem pelo pai e por seu trabalho e profissionalismo.
Obras:
Jorge Bodanzky está por trás de grandes títulos e feitos dentro de sua área de atuação. Por exemplo:
- 1971 – Caminhos de Valderez
- 1974 – Iracema – Uma Transa Amazônica
- 1975 – Gitirana
- 1978 – Jakobine/Os Mucker
- 1979 – Jari
- 1980 – O terceiro milênio
- 1982 – Amazônia, o Último Eldorado
- 1985 – Igreja dos oprimidos
- 1985 – Especial O tempo e o vento
- 1986 – Ensaiando Brecht
- 1987 – Igor, uma aventura na Antártica
- 1988 – Universidade Quadrangular
- 1990 – A Propósito de Tristes Trópicos
- 1991 – Surfista de trem
- 1991 – Flor do amanhã
- 1991 – Noés da Amazônia
- 1991 – Caça a baleia branca
- 1995 – Série Ecovídeo
- 2015 – Photo Assis, o clique único de Assis Horta
- 2019 – Transamazônica uma estrada para o passado
- 2019 – Ruivaldo o homem que salvou a Terra
- 2020 – Utopia / Distopia
- 2022 – Amazônia a Nova Minamata?
- 2024 – As cores e amores de Lore
Prêmios e Honrarias:
- Primeiro lugar de fotografia no Concurso Internacional Asahi Pentax (1971)
- Prêmio Coruja de Ouro para O profeta da fome (1971)
- Prix Georges Sadoul França para Iracema, uma transa amazônica (1975)
- Grimme Preiss para Iracema, uma transa amazônica (1976)
- Grimme Preiss para O Terceiro Milênio (1983)
- Melhor direção no para 0s Mucker (1979)
- Melhor filme no para Iracema] (1980)
- Prêmio Margarida de Prata para Igreja dos Oprimidos (1983)
- Cinéma du Réel para O Terceiro Milênio (1983)
- 4º Amazonas Film Festival – Prêmio do público de melhor documentário com o filme Navegaramazônia – uma viagem com Jorge Mautner (2007)
- 5º Festival Internacional de Cine y Medio Ambiente de México – Prêmio de melhor documentário com o filme No meio do rio, entre as árvores (2012)
- Festival de cinema de Brasília – Premio especial do juri para Utopia Distopia (2020)
- Grande Premio do cinema Brasileiro para Transamazônica uma Estrada para o Passado (2022)
- Mostra São Paulo premio Humanidade (2022)
- Festival de Brasília homenageado (2022)
- Festival Filmambiente melhor filme, melhor direção para Amazônia a nova Minamata? (2024)