O que é?
Instituída pela Lei n.º 13.504 de 2017. A campanha “dezembro vermelho” tem como intuito, mobilizar e informar o maior número de pessoas contra o vírus HIV, a Aids e outras IST. (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Alertando as pessoas sobre os cuidados, prevenções e direitos das pessoas que vivem ou não com o vírus do HIV.
HIV é uma sigla para Human Immunodeficiency Virus, em português, vírus da imunodeficiência humana. Como o próprio nome sugere, este vírus tem a capacidade de acometer a imunidade, sendo esta, responsável por defender o organismo de doenças e outras infecções. As células mais atingidas, portanto, são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si. Após se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção pelo sangue e organismo.
Contudo, ao contrário do HIV que é apenas o vírus, a AIDS ocorre em estágios mais avançados da infecção pelo vírus HIV. O vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo, portanto, fica mais vulnerável a diversas doenças. De um simples resfriado a infecções mais graves como a tuberculose ou o câncer. Caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas como, por exemplo (pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose, entre outras) que, se não tratadas adequadamente, podem provocar sequelas permanentes ou até mesmo a morte.
Geralmente, a infecção pelo HIV não apresenta sintomas. Inicialmente, chamada-se de fase aguda que varia de 3 a 6 semanas após a infecção. O organismo então começa a produzir os anticorpos para enfrentar o HIV. Nesta fase pode aparecer febre, mal-estar ou inchaço nos gânglios (ínguas). Por serem sintomas muito comuns a outras doenças (como a gripe), a infecção passa despercebida.
Cuidados
Os primeiros relatos da doença foram descritos por volta de 40 anos. O primeiro caso do que posteriormente seria conhecido como Aids foi relatado no dia 5 de junho de 1981. Quando pesquisadores em Atlanta, nos Estados Unidos, registraram um aumento no diagnóstico de pneumonia pela bactéria Pneumocystis carinii e de sarcoma de Kaposi entre homens jovens. Inicialmente foi registrado por meios de pesquisas médicas que o vírus surgiu entre homens que faziam sexo com homens e usuários de drogas injetáveis. Como consequência de a doença ter sido inicialmente descrita nesses grupos, criou-se um estigma enorme em relação às pessoas que portam o vírus. Apesar dos estigmas e preconceitos, atualmente podemos certamente concluir que a ciência evoluiu. Consequentemente surgiram respostas, tratamentos e também, informações para que essas pessoas possam ser inseridas em sociedade sem sofrerem tanto quanto antes com o preconceito alheio.
Dentre as formas de infecção pelo vírus, foram listadas, portanto, as seguintes:
- Sexo vaginal sem camisinha.
- Sexo anal sem camisinha.
- Sexo oral sem camisinha.
- Uso de seringa por mais de uma pessoa.
- Transfusão de sangue contaminado.
- Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação.
- Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
Tratamento
Contudo, com o avanço das pesquisas na área da saúde e desenvolvimento científico, hoje pode-se afirmar que é possível viver com o vírus e ter uma qualidade de vida através do tratamento correto. O Brasil, portanto, tem se mantido na vanguarda do tratamento contra a epidemia de aids. Além de ser um dos primeiros a adotar a política de acesso universal ao tratamento antirretroviral na década de 90, o país também foi pioneiro na recomendação do tratamento para todas as pessoas vivendo com HIV e aids. Independente de critérios clínicos e imunológicos.
Existem medicamentos que auxiliam fortemente na restauração da contagem de CD4 a um nível normal, além de reduzir os níveis plasmáticos de RNA do HIV a não detectável. Entretanto, normalmente o tratamento ocorre através da combinação de mais de uma medicação, que juntas realizam o efeito desejado. Além disso, se realizado de maneira efetiva, a pessoa infectada pode alcançar ao nível indetectável do vírus, o que possibilita a não transmissão do mesmo para outra pessoa.