Agroecologia e abastecimento alimentar

Como o governo federal pode controlar a crise alimentar do Brasil através da agroecologia?

 

No dia 16 de outubro deste ano, junto a ministros e ministras, o presidente Lula lançou dois planos nacionais para garantir alimento saudável no prato dos brasileiros. Sendo eles: Plano Nacional de Abastecimento Alimentar “Alimento no Prato” (Planaab) e do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo).

A Planapo, construída com apoio da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica da Secretaria-Geral reunirá ações para fortalecer as cadeias produtivas de produtos orgânicos e agroecológicos. Com ampla participação da sociedade civil. Além disso, o Planapo prevê iniciativas voltadas para pesquisa e inovação, incentivo às compras públicas e inclusão de mulheres, indígenas e quilombolas na agricultura familiar.

Já o Plano Nacional de Abastecimento Alimentar, batizado de Alimento no Prato, é inédito no Brasil. E já reúne 29 iniciativas e 92 ações estratégicas com a ampliação de sacolões populares e centrais de abastecimento por todo o país. Está prevista a implantação de seis novas centrais de abastecimento na Bahia, no Ceará, no Rio Grande do Norte, em Sergipe e em São Paulo (2). Ao facilitar o acesso a alimento saudáveis e frescos, o Plano Alimento no Prato beneficia produtores e consumidores.

Mas o que é a Agroecologia afinal?

 

A agroecologia é um modelo de agricultura alternativa baseada na integração e aplicação de conceitos ecológicos e sustentáveis na produção de alimentos. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).  “A agroecologia apoia a produção e a segurança alimentar e nutricional enquanto restaura os serviços ecossistêmicos e biodiversidade que são essenciais para a agricultura sustentável”. Além disso, considera o manejo responsável dos recursos naturais. O modelo da agroecologia constitui um campo de conhecimento científico, que integra os saberes históricos dos agricultores com o avanço da ciência.

No Brasil, o movimento de agricultura alternativa iniciou-se na década de 70, com base na contestação ao modelo criado na Revolução Verde. O movimento ganhou ainda mais força na década de 80, quando foram realizados quatro Encontros Brasileiros de Agricultura Alternativa.A partir de então, outros encontros, congressos, seminários e reuniões foram realizados no país, e com isso, associações e legislações foram criadas para difundir, incentivar e fortalecer a agroecologia no Brasil.

A Agroecologia desenvolve um papel fundamental na agricultura moderna, por conta dos diversos benefícios que proporciona, como a qualidade de vida, a sustentabilidade do sistema, a valorização do trabalhador, a rastreabilidade e a qualidade dos produtos. Quem adota o sistema de produção da agroecologia têm como premissa pensar no coletivo e não apenas no individual, priorizando a agricultura familiar. Dessa forma, a agroecologia é um importante modelo de desenvolvimento rural, que busca modificar as formas convencionais de produzir alimento a partir da adoção de práticas sustentáveis.

Conclusão:

Com base no conteúdo acima, podemos observar o grande número de benefícios trazidos por este sistema de agricultura. Em vista do histórico negativo que tem o agronegócio no nosso país, como o apossamento de terras através de métodos ilegais e o desmatamento desenfreado de grandes áreas importantes para o meio ambiente, por exemplo. Podemos ter a agroecologia como instrumento para restauração ambiental, além de que a mesma visa a inclusão de povos nativos dentro da economia. Gerando renda para estas comunidades e viabilizando a relação respeitosa entre e ser humano e a terra, sem gerar qualquer tipo de dano ambiental.

A agroecologia vem ganhando cada vez mais espaço no território brasileiro, e o estado do Rio Grande do Sul apresenta diversos exemplos de produção de alimentos nesse modelo, com milhares de projetos, apoio à comercialização e realização de encontros de capacitação de agricultores e técnicos em agroecologia.

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