O que é o pantanal?
Dentre os 6 biomas que contém o Brasil, o pantanal é o menor deles. Mas apesar de sua dimensão ser menor em comparação aos demais, o pantanal é extremamente rico no quesito fauna. Além disso o bioma abrange cerca de 22 cidades brasileiras, nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Sua área limita-se ao oeste desses estados, nas fronteiras com o Paraguai e a Bolívia, podendo ainda ser encontrado dentro território desses dois países, onde recebe o nome de “Chaco”.
Boa parte dos solos do pantanal é constituído principalmente por savana estépica alagada, sendo uma planície inundável, característica natural da região. Por ser um bioma com ligações próximas à Floresta Amazônica e ao Cerrado, o cenário é bem diversificado. Contendo árvores de médio e grande porte, típicas da Amazônia. Mas também conta com a presença de árvores tortuosas de baixo e médio porte, muito comuns no Cerrado.
No Pantanal, o clima é marcado pelas altas temperaturas e grande índice pluviométrico. O verão é quente e chuvoso e o inverno frio e seco. Assim, o solo que se forma é utilizado como áreas de pastagens para gado. O Pantanal está situado em uma área circundada por planaltos que atingem, em média, 700 metros de altitude. Essa elevação ao redor do bioma é a responsável pelas nascentes dos vários rios pantaneiros. Entretanto, o Pantanal propriamente dito possui altitudes que não ultrapassam 120 metros. Com isso, mais de 80% do bioma fica alagado no verão, época de intensas chuvas. Levantamentos registraram cerca de 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas. Jacarés, capivaras e onças estão entre os principais animais.
Econômia do Pantanal
A economia pantaneira gira em torno das atividades pesqueiras e do turismo. Recentemente foi incluída nas atividades da região a pecuária bovina, principalmente no estado do Mato Grosso. A pecuária atrai muitos fazendeiros mato-grossenses e de outras regiões que utilizam as áreas planas da região para criar seus gados. Além disso, a umidade do local garante bastante comida para os animais. A criação de gado consegue desenvolver-se de forma sustentável, gerando emprego e renda. Entretanto, nas últimas décadas, o cultivo da soja no Mato Grosso adentrou o Pantanal. O que pode ser um ato perigoso, pois esse cultivo usa uma quantidade expressiva de agrotóxicos, gerando problemas para todo o ecossistema pantaneiro.
Qualquer mudança nesse ciclo pode comprometer os ecossistemas e modificar toda essa paisagem. A pecuária não sustentável, a monocultura da cana-de-açúcar e da soja e a contaminação de solos e dos recursos hídricos com insumos agrícolas são pontos de alerta. Qualquer impacto negativo nas nascentes e cabeceiras dos rios pode, por exemplo, alterar de forma drástica toda a planície inundável.
Da mesma forma, grandes projetos de infraestrutura previstos para serem realizados na região podem impactar negativamente se executados sem considerar as características naturais nativas.
Riscos ao bioma
Na região pantaneira, e em quase todo o estado do Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, as atividades agropecuárias são extremamente importantes para a economia.
Em relação ao Pantanal, a agricultura com o cultivo da soja tem causado preocupação para a população local e regional, pois os impactos ambientais não são restritos a sua área de ocorrência.
Nas últimas décadas, aumentou a pressão pela instalação de projetos de desenvolvimento com sérios impactos ao meio ambiente, entre eles, a instalação de hidrelétricas nas cabeceiras dos rios, a construção de hidrovia no rio Paraguai. O crescente número de usinas hidrelétricas modificarão o ciclo hidrológico; a hidrovia em discussão e a produção de carvão ameaçam a cobertura vegetal da região.